quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ser educador

   No Jardim de Infância é preciso muito "jogo de cintura" paciência e alguns suprimentos vitamínicos... Além disso, é necessário um cérebro em perfeito funcionamento.

   Não temos direito a acordar mal humorados ou ter TPM. As crianças que nos esperam todos os dias precisam de um sorriso fraterno e daquele olhar singelo que diz: Não se preocupe, estou aqui para te ajudar no que precisar.
   Quem poderia imaginar, que nós preocupados com a educação das crianças também teríamos que nos preocupar com os pais, as auxiliares de educação, o diretor, a falta de recursos para trabalhar ...e com tudo e mais alguma coisa que se passa à nossa volta. Às vezes, é difícil conciliar todas as opiniões, pontos de vista e personalidades e então vimo-nos na "obrigação", nem sei bem porquê de tentar harmonizar o ambiente no nosso Jardim de Infância...talvez seja pelas crianças...fico eu a pensar...
   Percebe-se que a sociedade tem uma visão um pouco distorcida sobre o que é ser realmente um educador de Jardim da infância….Lembro-me muito bem, dos tempos de graduação em pedagogia algumas pessoas indignadas , que chegavam até a mim para perguntar se para ser educador de jardim da infancia era preciso frequentar uma faculdade.
   Lembro me ainda do meu querido professor DrºFrancisco Pires, que ministrando uma disciplina específica da educação infantil,dizia que jamais seria em educador de crianças pequenas mas ministrou com muita eficiencia todos os conteúdos dos referenciais da educação infantil.
   A minha resposta a quem perguntava-me se precisava cursar uma faculdade para atuar na educação infantil, era um olhar e um silêncio de indignação. Já ouvi também algumas pessoas dizerem….. isso é um dom, pois saibam todos que assim pensam, que não basta simplesmente um dom para exercer uma profissão. Pois o último concurso público da prefeitura de São Paulo para atuar na educação infantil na qual prestei, comtemplava questões que somente um cidadadão letrado poderia responder.
Acredito ainda que deveriam inventar para o educador de jardim da infancia, um curso de psicologia social, interventiva,compreensiva, tolerante, paciente criativa, familiar e por fim quem sabe alguma coisa parecida com psicopedagogia….
  Meu sincero agradecimento a todos que escolheram atuar nesta área, Vocês com certeza estão plantando sementinhas para o amanhã.

domingo, 7 de novembro de 2010

Carta de repúdio

Recebi esta carta por e-mail
Desconheço a autoria, se alguém souber me avise. Para colocar os devidos créditos.
Vale a pena ler.


No último dia 31/10, dia em que o Brasil votou e elegeu a sua primeira presidente mulher – um avanço para o nosso país- os nordestinos foram extremamente desrespeitados e discriminados por terem sido os protagonistas do resultado eleitoral nacional. Comentários como “pessoas sem esclarecimento”, “sem acesso a informação”, “alienadas” foram difundidas, em pleno século XXI, apregoando uma ideia ridícula de segregação do norte e nordeste, em relação ao resto do país.
Para surpresa de alguns desinformados que twitaram tais absurdos, nós nordestinos conseguimos ler, fato que alguns julgaram impossível, pois acreditavam que no nordeste “ninguém sabia nem o que era twitter”. Engraçado é que muitos nordestinos acessam o twitter, o orkut, o facebook e os seus blogs, a partir de notebooks, netbooks, Iphones e Smartphones que, pasmem, nós sabemos o que é cada ferramenta dessa e trabalhamos a ponto de ter acesso a comprá-los, inclusive através dos websites do sudeste. É... os correios também atendem à região nordeste...
Além disso, uma cidade do interior paraibano – Campina Grande - situada entre as nove cidades tecnológicas do mundo, segundo a revista NewsWeek (vide: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=7202)., exportando tecnologia da informação para países, como Espanha, EUA e China. Ademais, somos a primeira cidade do Brasil a dominar a tecnologia do plantio de algodão colorido ecologicamente correto. Vivemos num estado, assim como todos, com uma indiscutível má distribuição de renda, fato que não impede que campus de universidades particulares e públicas ofereçam oportunidades de acesso ao ensino superior a todas as classes sociais.
Dentro dessa desigualdade social, ferida aberta em todos os grandes centros urbanos, vemos shoppings (é... nós temos shoppings no nordeste) oferecendo produtos que apenas uma parte da população pode ter acesso, contrastando com casas paupérrimas . Vemos as simples bicicletas, meio de transporte ultimamente eleito como o melhor para o meio ambiente, disputarem espaço com grandes carros de empresas estrangeiras, a exemplo da Hyndai, Honda, Kya, bem como com carros mais populares, produzidos pela Fiat, Chevrolet, e Volkswagen. É... aqui já faz algum tempo que a carroça deixou de ser o principal meio de transporte.
O que mais me assusta é que, diante de pessoas que se declaram tão superiores e esclarecidas, nós nordestinos demonstramos mais poder de decisão e escolha, pois não nos guiamos pelas opiniões alienantes e oligárquicas difundidas pelos principais meios de comunicação nacional. Fato que também deve estarrecer os mais desinformados, pois nós aqui temos televisão, inclusive de plasma, LCD e de LED, e recebemos os sinais das principais redes de televisões do Brasil, sem falar que nos mantemos informados também através de tvs à cabo – mais de uma empresa? – pois é... isso pode ser um tanto quanto impactante para alguns habitantes da parte inferior do nosso mapa brasileiro.
O que observamos é que o Brasil, nesses últimos quatro anos, assistiu a uma expansão do ensino superior, a uma diminuição da miserabilidade do país, a uma estabilidade econômica e a uma descentralização da distribuição de recursos federais, e isso foi determinante, acredito eu, para a escolha verificada com tanta revolta por alguns. A demagogia, o autoritarismo, os sorrisos forçados, a imagem da oligarquia não satisfaz mais a um povo que já sofreu muito com a falta de um olhar de credibilidade para a nossa região.
E para aqueles que não acompanharam muito de perto os resultados eleitorais por região, os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, localizados na região Sudeste, também elegeram a candidata petista.
Apesar da grande votação da candidata petista na região nordeste, essa decisão não foi tão unâmime como todos pensam, pois em Campina Grande, repito, na Paraíba, o candidato José Serra teve mais de 60% dos votos. O que prova que democracia é uma palavra que, além de exigir respeito, é imprevisível.Por tudo isso, venho com todo o meu sentimento de pesar, pelos comentários lidos, não defender um candidato ou outro, mas defender o povo nordestino que possui o direito de votar, bem como todas as demais regiões possui, e esclarecer, àqueles que acreditam em sua superioridade de reflexão e tomada de decisões, que os nordestinos não são a escória do Brasil, mas que contribuímos economicamente com o nosso país e merecemos receber em troca investimento e respeito.

Aconselho também, a tais pessoas e às que pensam como elas, a conhecer o Brasil como um todo, antes de denegrir as pessoas, baseados em informações frágeis e opiniões preconceituosas. Quem não conhece o nordeste, não acredite em tudo que é veiculado pela televisão: venha aqui e se encante!

(Nordestina sim, com muito orgulho)

































 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ler e escrever na escola

“Quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que estas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim”.(Cecília Meireles).

    Continuamos nossos encontros levantando discussões e reflexões sobre a prática de leitura e escrita na sala de aula. Agora chegando ao final do ano letivo, mesmo sentindo um pouco de cansaço em cada rosto dos alunos pesquisadores, a certeza de que muito aprenderam e que bom que os relatos apontam que também as crianças tiveram aprendizado.
    Nos últimos meses vivenciando o papel de professora orientadora do projeto ler e escrever da prefeitura de São Paulo e lendo muitos relatos na qual eu poderia me tornar uma contadora de histórias, tenho a oportunidade de acompanhar a realidade da rede. Fico com a impressão de que estamos vivendo um excelente momento para renovação.
    Um ensino que por muitos anos esteve a mercê de uma prática descontextualizada começa a dar os primeiros sinais de mudança que permite que a criança experimente, construa o conhecimento, amplie o tempo de concentração num processo gradativo onde cada descoberta passa a servir como instrumento para os desafios seguinte.
    No mês de setembro nossos encontros geraram uma série de discussões em torno dos relatos dos alunos sobre a prática de leitura e escrita na sala de aula. Refletindo com as alunas pesquisadoras em sala de aula, lendo e ouvindo relatos que traziam a boa notícia que a maioria dos alunos já se encontram em hipótese alfabética, fiquei a pensar em qual outra profissão agente pode ter um retorno tão rápido de trabalho, somente quem trabalha com alfabetização sabe o que isso significa, pois nada faz um professor mais feliz do que ver seu aluno lendo. Todos os relatos me deixam ainda mais, com vontade de continuar nesta profissão.Por causa de professores que se importam com seus alunos, que sabe que é importante dar oportunidades, abrir caminhos e principalmente dar exemplos como um ser profissional do magistério.
    Como venho relatando nos meses anteriores é certo que algumas praticas mecânicas e descontextualizadas ainda se mostram presentes nos arredores das salas de alfabetização. Mas como disse aos nossos alunos pesquisadores, se pensarmos bem, em quase todas as situações de nossas vidas agimos de forma mecânica e nem sempre somos capazes de contextualizar tudo. O mais importante é saber que o caminho percorrido até aqui traz ótimos resultados. Nesse sentido o trabalho é mesmo de formiguinha, com certeza aos poucos a grande mudança se mostrará mais presente, pois alguns professores ainda estão em transição, assim como os pequenos estão avançando em suas hipóteses sobre o mundo do ensinar e aprender. Aos poucos eles acabam descobrindo que ler não é só codificar e decodificar palavras é antes de tudo construir sentidos para que se lê.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O professor está sempre errado

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.


Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Encontrei na net e estava como autor desconhecido.
Se alguém souber a autoria por favor me avise.

Ler isso, me fez pensar no quanto é gratificante atuar no processo de alfabetização.
O professor é extremamente desvalorizado, em todos os sentidos. Mas o período de alfabetização é talvez o mais importante em toda a vida escolar, isso inclui sem dúvidas a educação infantil que trabalha os pré requisitos mais importantes e indispensavéis. Nunca podemos esquecer que uma boa alfabetização depende do desenvolvimento de diversas percepções e linguagens.

A todos os professores "PARABÈNS" e obrigada por aceitarem assumir esta função tão sacrificada, mas tão especial.


Dia dos professores


Sempre comentamos com as pessoas que o professor de hoje é um verdadeiro super-herói, tentamos passar adiante o que os profissionais da educação fazem em prol da sociedade, a sua importância no nosso meio.
Em tempos de violência, as pessoas esquecem que a grande base da pirâmide social é a família e a igreja, depois dela, a escola desponta como alicerce onde a criança passa a maior parte do seu tempo.
Essa instituição pública é o desembocadouro de todo tipo de pessoas, índoles, religião e tudo que possa miscigenar, cabendo ao professor conciliar todos os problemas que certamente surgirão.
A sociedade está cada vez mais violenta, a falta de respeito e a falta de amor ao próximo viraram uma constante. Muitos sociólogos estudam essa problemática, porém a resposta para essa situação está estampada em nossa frente: Educação.
Em tempos de governantes estrelados, percebemos que a violência aumentou, a droga se disseminou, a educação se diluiu, a falta de oportunidades seguiu atrás.
As promessas dos nossos mandatários são de fortalecer a segurança, mas a falta de oportunidades na educação, vai gerar ciclicamente violência.
Administrar a Educação não é colocar escolas e por seguinte dar nomes bonitos a elas, não é criar projetos pífios que não vão a lugar nenhum. Administrar educação não é obrigar professor fazer prova de certificação; gerir educação é nortear alunos e professores para o desenvolvimento de ambos, com propostas que possam tirar o alunado do obscuro, criando mais oportunidades para eles.
Não adianta alardear nos segmentos da valorosa imprensa que a educação vai bem, se ela fosse bem, não existia essa convulsão social onde a falta de oportunidades transformou regiões de favelas em verdadeiros guetos cujo poder paralelo se consolidou.
Nesse dia dos professores vamos glorificá-los, pois a situação não está pior ainda porque os nossos heróis da caneta ainda norteiam muita gente que quer crescer, senão a anarquia geral e irrestrita já estaria dominando a “terra brasilis”.
Grandes profissionais do magistério sigam em frente, sem olhar para trás, não existe mal que dure para sempre, pois a vitória de quem pratica o bem é certa!

Autor: Marcelo de Oliveira Souza




UM EXPERIMENTO SOCIALISTA

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'.
O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...
Depois que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou.
Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".
As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.
Portanto, todos os alunos repetiram o ano... para sua total surpresa.
O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.

"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Adrian Rogers, 1931.



Pesquisa em Sites

Enviado por: Marlene Silva



Tudo isso me fez lembrar meu querido Professor Paulo Germano.

domingo, 10 de outubro de 2010

A leitura e a escrita na sala de aula.



“Artigo 1 Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida e que de mãos dadas trabalharemos todos pela vida verdadeira..."
Estatutos do homem
Thiago de Mello

Atuando como professora orientadora do projeto ler e escrever, continuo  levantando discussões reflexivas sobre a prática de leitura e escrita em sala de aula. As discussões realizadas têm atingindo resultados positivos, mas confesso que alguns relatos dos alunos pesquisadores ainda me preocupam com relação às práticas que percorrem os arredores das salas de aula. Mas como relatamos nos meses anteriores, o caminho percorrido até aqui nos deixa uma esperança de que a mudança está apenas começando. Nossa sensibilidade quer mais.
Observamos que projetos de trabalhos e ações concretas quando ouvimos nossas alunas relatarem que a leitura tem sido realizada por muitos professores regentes e ainda que nossos alunos pesquisadores estão tendo a oportunidade de participar destas práticas.
Os projetos não podem mais, permanecerem pendurados em murais pedagógicos e sim devem tornar-se ações que permitam que, as nossas crianças façam uso social desta escrita. Atuando na formação universitária e estando de frente a estes relatos faz nascer em mim, à esperança da educadora idealista e muito me faz feliz sentir que não estou sozinha com esta sensação.
Ocorre que segundo o relato das alunas os professores regentes tem se esforçado muito para que as crianças aprendam e que a cima de tudo façam uso social da escrita.
Mas continuando nossas observações e intervenções sobre a prática de leitura em sala de aula, concluímos que a literatura precisa ganhar espaço do imaginário, do lúdico do prazeroso. O percurso da literatura no ambiente escolar traçará novos caminhos, abrirá trilhas para todos, abrigará o desconhecido. A vivência interna das mil personagens pode trazer toda uma compreensão do seu próprio “eu”. Mas a literatura somente ganhará espaço nas salas se os professores tiverem o sincero desejo de incluí-las em seus planos de ensino. Tudo dependerá do projeto de cada escola, mas em especial de cada educador.
Muitos relatos do mês de agosto apontam para o trabalho com o folclore,  muito nos alegra saber que os professores estão colocando em prática o trabalho com musicas, parlendas, trava línguas etc, mas considero importante que este trabalho não fique agendado somente na semana do folclore. Que estes eixos sejam explorados o ano inteiro. Pensar, falar, escrever sobre o folclore é sempre algo positivo, trata-se de vivências antigas ou atuais, mas, não podemos se restringir apenas, a figura do saci e sereia. O professor pode trabalhar projetos didáticos dos mais variados possíveis acerca do folclore, mais pelo ano todo.



terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Era uma vez um sonho...Sonho de manter acesa a chama vibrante intensa e colorida da infância.
Um tempo marcado pelo encantamento da atmosferica onírica que rege a primavera e a mais importante fase de nossas vidas. Uma época singular, rica, pessoal e intransferível..."

"Pedagogia do amor" Gabriel Chalita

domingo, 26 de setembro de 2010

alfabetização: trabalho com listas

"Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar amor a quem se ama, sabendo que é água que dá à planta o milagre da flor" Estatutos de homem (Thiago de Mello)

Como incentivar os alunos a ler sem saber ler ?
É necessario organizar a situação didatica de leitura onde os alunos possam descobrir o que está escrito utilizando os conhecimentos que já possuem.

Segundo as orientações do progama ler e escrever , às listas compõem um tipo de texto muito presente na vida das pessoas. Listar significa relacionar nomes de pessoas ou coisas para a organização de uma ação. Por ter uma estrutura simples a lista é um texto privilegiado para o trabalho com alunos que não sabem ler e escrever convencionalmente mas é importante propor escrita de listas que tenham significado semântico para que se faça uso social desta escrita.

A lista de palavras que começam com a mesma letra é inadequada, pois descaracteriza a função social.
Ex: boi, baba, bebe, bia , boba.

      vovó, viuva, uva



Com os pequenos, ainda na educação infantil, é possível iniciar o trabalho com lista.
Olha onde a lista de direitos da criança foi parar.











Alfabetização: Escrita e leitura de nomes próprios

O desenvolvimento de um trabalho sistemático com o nome próprio, representa importante estratégia didática voltada para a alfabetização inicial dos alunos, além de estar relacionado á questão da cidadania.
Segundo as orientações do programa ler e escrever da prefeitura de São Paulo, esse trabalho pode favorecer a reflexão dos alunos sobre sobre o sistema de escrita alfabético e ajuda-los a avançar na aquisição da base alfabética.





Como fazer?



Os alunos podem refletir sobre a escrita do nome e a do nome dos colegas...
Os alunos podem tentar ler o próprio nome e o nome dos colegas...
Os alunos podem acompanhar alguém escrevendo seus nomes e/ ou os dos colegas de maneira convencional.



Ao organizar o trabalho com os nomes de seus alunos, é importante considerar uma diversidade de situações de leitura e escrita, tais como:

Escrever na lousa os nomes dos ajudantes do dia (aqueles alunos que irão ajudar você em algumas tarefas). O desafio dos alunos será descobrir quem são os ajudantes. Caso ninguém descubra conte para turma quem são os ajudantes, destacando algumas informações sobre a escrita ( nomes que começam ou terminam com a mesma letra, nomes compostos, nomes de meninas que terminam com a letra "a" e de meninos que terminam com a letra "o", por exemplo).
Fazer chamada dos alunos utilizando material escrito como apoio, no caso os crachás dos alunos), o encaminhamento pode e deve variar:
1- Você lê e mostra os crachás procurando destacar algumas informações sobre a escrita dos nomes;
2- Você mostra o crachá e desafia a turma (ou um aluno) a ler o nome nele registrado, de dicas que destaquem elementos da escrita dos nomes.

Pedir para eles escrevam o nome nos trabalhos propostos no dia. O encaminhamento pode variar: sem consulta (conforme suas hipóteses resultando em um registro não convencional do nome), com consulta ao colega (favorecendo a troca de idéias), com consulta a algum material escrito (exemplo, o cartão de nome, descrito na atividade sobre o crachá, colado no caderno ou cartaz com os nomes afixados na sala de aula).

Varal

Este foi feito pela professora Juliana


                                                       Trabalho com letras movéis







domingo, 12 de setembro de 2010

Uma proposta para creche e pré escola

Proposta de conteúdos que possam ajudar as educadoras a organizarem e planejarem sua prática diária.
Cabe ao educador criar formas de conduzir seu trabalho levando em conta as necessidades especias de cada criança.


Atitudes e atividades:

3 a 6 meses
- Mudar de posição, deitar de costas, de lado
- Rolar, virar de bruços, de costas, arrastar
- Tocar objetos de tamanhos e formas variadas
-Massagear e estimular a criança tocando-a
-Acompanhar pessoas e objetos com os olhos
- Atirar brinquedos sonoros
-Balançar, ninar
-Dar objetos na mão, coloridos, luminosos
-Discriminar o conhecido e desconhecido
-Pegar objetos fora do alcance
- Interpretar a linguagem verbal e não verbal da criança
-Repetir sons
-Ouvir musicas
- Manter a mesma pessoa para estabelecimento de vinculo afetivo
- Falar com a criança, sorrir, acariciar
-Passear e perceber outros ambientes
-Mover simultaneamente os braços e pernas da criança(esse exercício vai ajuda-la a ter mais força e controle)
- Fazer carinhos na criança para que relaxe os músculos e se sinta amada
- Acariciar as costas, isso fortalece os músculos e acalma a criança
- Mostrar objetos que rodeiam e que ela possa seguir com os olhos
- Brincar com objetos, a brincadeira é importante para que comece a conhecer as coisas
- Dar mamadeira com a criança no colo sempre que possível



6 a 9 meses

- Deixar a criança em um espaço sem obstáculo( para engatinhar)      
- Colocar obstáculos (almofadas) no espaço para dificultar o trajeto
- Brincar com a criança de esconder o rosto
- Tocar objetos sonoros (sinos, chocalhos) para que a criança se localize
- Imitar sons e gestos
- Deixar a criança segurar objetos
- Brincar de arrastar, passar de deitado para assentado,
- Engatinhar, trocar de posição
- Erguer-se com apoio
- Brincar com as mãos e pés
- Explorar a luz, sons, o paladar, os cheiros
- Explorar o meio ambiente: arrastar, rolar, engatinhar, girar, ter contato com locais e objetos de texturas diversas
- Brincar de esconde esconde
- Imitar ações e objetos
- Reconhecer o próprio nome
- Imitar sons
- Entender o "dá", "não" e "vem"
- Passear ao ar livre
- Segurar a mamadeira
- Favorecer a mastigação
- Conhecer pessoas diferentes.



9 a 12 meses

- Brincar de andar, correr, saltar, girar, descer, alcançar
- Desenvolver o pegar com pequenos objetos
- Empurrar e puxar objetos
- Rasgar e amassar papel
- Entender ordens simples
- Imitar sons, repetir palavras
- Ouvir e cantar
- Mostar as partes do corpo
- Usar copo e colher
- Lavar as mãos
- Conviver com crianças maiores
- Explorar a luz, sons, paladar, cheiro
- Explorar o meio ambiente, rolar, arrastar, engatinhar, girar, andar, ter contato com locais e objetos e texturas diversas
- Resolver pequenos problemas
- Explorar brinquedos que produzem ações interessantes
- Identificar a si mesma
- Identificar figuras coloridas
- Engatinhar e conhecer o que a rodeia
- Ajudar a criança para que ela possa andar
- Explorar brinquedos de encaixar.


13 a 24 meses

- Rolar no chão e colchão
- Brincar de esconde esconde
- Correr distância variadas
- Empurrar carrinhos, caixas de papelão etc..
- Fazer a crainça passar por pequenos obstáculos
- Amassar papel
- Desenhar
- Folhear revistas diversas
- Bater palmas acompanhando canções
- Utilizar lápis de cera e tinta
- Contar pequenas histórias
- Imitar sons e cantar musicas variadas
- Introduzir o piniquinho
- Deixar a criança tentar se vestir e despir
- Facilitar e propiciar o uso de colher nas refeições
- Desenvolver habitos sociais ( jogar beijinhos)
- Utilizar materiais com texturas e formatos variados
- Propiciar a criança a oportunidade de ouvir músicas
- Manipular objetos ou brinquedos para que a criança atinja um objetivo
- Brincar com brinquedos que a criança possas puxar o cordão
- Imitar animais
- Modelar com massinha
- Empurrar e puxar caixas e / outros objetos
- Brincar de roda
- Utilizar cordas e linhas no chão em jogos ao ar livre
- Utilizar saquinhos de areia de tamanhos e volumes variados
- Utilizar giz de cera, tinta, argila e massa
- Utilizar jogos de encaixar, enfiar e de construção
- Brincar ao ar livre para que as crianças percebam cheiros variados, bem como formas e texturas
- Brincar com a modulação da voz alternada.(alta, baixa)
- Perceber pequenas diferenças nas gravuras
- Utilizar o jogo simbólico através da dramatização e imitação ( bichos, pessoas, situações)
- Explorar formas e funções dos objetos
- Manipular os blocos lógicos ou materiais que possibilitam agrupamentos e seriações variadas
- Contar histórias
- Trabalhar em rodinha, surpresas, novidades etc.
- Utilizar copo, colher etc...
- Trocar-se, vestir-se, abotar-se, calçar, pentear-se etc...
- Escovar os dentes após a merenda e almoço
- desenvolver hábitos sociais ( cumprimentar na chegada e despedir-se na saída)
- Trabalhar sons com a boca ( estalar etc).


- Linguagem  2 a 3 anos

- Memorizar músicas, versos, jogos de imitação, etc
- socializar e descontrair- Fase de adaptação
- Fazer e pregar fichas com objetos existentes na sala
- Propiciar a ação verbal. o aumento do vocabulário, a organização do pensamento e da comunicação.
- Vivenciar situações sitemáticas de leitura e escrita
- Criar um ambiente alfabetizador ( a criança deverá ter acesso a jornais, revistas, livros etc)
- Proporcionar condições para o desenvolvimento da criatividade e da expressão artística (pintura, modelagem, recorte, desenho)
- Ouvir, contar e ler histórias.

3 a 4 anos
 - Desenhar e escrever do jeito que a criança sabe ( escrita espontânea )
 - Diferenciar desenhos da escrita
 - Montar um ambiente alfabetizador onde a criança poderá ter acesso a diferentes textos escritos ( histórias, livros, cartas, receitas, jornais, álbuns, poesias, revistas em quadrinhos etc)
 - Propor atividades com os nomes das crianças, fazer crachás com desenho e escrita (observar, conhecer e escrever o próprio nome e as palavras mais detalhadas nos temas


Matemática

3 a 4 anos

- Conhecer a s cores primárias, (Azul, vermelho. amarelo)
- Ajuntar/ separar, abrir/fechar , encaixar os objetos
- conceituar: maior/menor, grosso/fino, cheio/vazio, duro/mole, quente/frio, dentro/fora, depressa/devagar, rapido/lento, alto/baixo, leve/pesado etc.
- Ordenar com três elementos
- trabalhar transformações dos objetos físicos EX: (terra+água= barro)
- Ordenação em 5 elementos
- Comparar seres e objetos colocando-os em ordem e graduando-os de acordo com suas diferenças (ex: do mais claro para o mais escuro)
 


 





"Não tenho caminho novo, o que tenho de novo é meu jeito de caminhar"(Thiago de Mello)

Atividades de linguagem oral

A linguagem oral precede a escrita e deve estar presente em muitas atividades diárias com os alunos:
- Conversas
- Hora da rodinha
- Hora da novidade
- Hora da comunicação
- Hora da história
- Hora da notícia
- Hora da poesia
- Transmissão
- Coro falado
- Entrevista
- Brinquedos dramatizados
- Dramatizações

 A conversa é o melhor meio de o professor diagnosticar o nível linguístico de seus alunos, e devendo sempre ser realizadas em todas as séries.
O professor deve proporcinar às crianças oportunidades de falar, contar algo que ocorreu com elas, acontecimentos de sua comunidade, fazer e responder perguntas na hora da rodinha.
Esse tipo de atividade ajuda a desinibir a críança tímida, dando oportunidade de se expressar oralmente com mais desenvoltura.
O professor será condutor de conversas, encaminhando o assunto.

Hora da rodinha

É fundamental no período da educação infantil a hora da rodinha, onde os assuntos são propostos e discutidos pelo grupo.
Nesse momento, a socialização, o conversar, a troca de idéias, o raciocínio, o vocabulário se desenvolvem naturalmente, enriquecidos pelo pensar e agir.
Na rodinha, o professor poderá trabalhar as "marcas do nome", levando a criança ao inicio da escrita, entendendo que a escrita é uma "marca", um código do que se fala.

Sugestão de musica para cantar antes da rodinha.

Chegou a hora da rodinha
Vamos todos participar
eu e meus coleguinhas
temos coisas pra contar.

( Versão da musica pirulito que bate bate)

Na roda, o professor poderá elaborar juntamente com os alunos os "combinados", em um cartaz ou mural, onde as crianças combinam o que podem ou não fazer, explorando o conteúdo, o raciocínio lógico, a organização e a linguagem.

Exemplo: Nossos combinados
Ir ao banheiro na hora do banheiro, ou quando estiver bem apertado
Quando o coleguinha falar todos ouvem com atenção
Limpar o que sujou
Jogar papéis e cascas de frutas na lixeira
Pedir licença antes de entrar em qualquer lugar na escola.
Não correr ao andar pela escola
E mais combinados que o educador achar pertinente.

Linguagem oral e escrita: Um trabalho que pode iniciar na creche


Ao ingressar na escola, a criança deixa o convívio com sua família e passa a conviver com adultos e crianças da sua idade, descobrindo, a sua maneira, novas experiências, novos valores, que irão enriquecer os conhecimentos que ela já traz do universo que a rodeia, dando oportunidade de desenvolver suas potencialidades, preparando-se e despertando para vida.
Cada criança é um ser único com sua bagagem e sua vivência, e os diversos trabalhos sobre a educação, especialmente de Jean Piaget, são unânimes em considerar que os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes para o desenvolvimento físico, emocional, social e mental.
Essa socialização dá a criança confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual.
Para muitas, o convívio social proporcionado pela escola oferece possibilidades que a família muitas vezes não tem condições de oferecer.
O desenvolvimento oral da “fala”, explorar a memória, raciocínio lógico, o vocabulário, a socialização com o grupo e com a escola com um todo, com trocas de experiências, devem ser prazerosos.
O professor não pode ser uma pessoa à parte, ditando normas, mas sim um elemento integrado ao grupo de alunos, que tem como objetivo socializar, organizar, dar indícios e desafios para o grupo crescer.
As atividades programadas não devem perder de vista os interesses e necessidades das crianças sempre interessadas em perguntar e aprender, experimentar, explorar e colecionar.
Quem atua diretamente com os pequenos sabem que eles gostam de falar pelos cotovelos. O professor é o unico que pode direcionar o trabalho.
Algumas regras são necessárias:
Ouvir a vez do colega falar.
Controlar o tom de voz;
Fale mais devagar, não estou compreendendo;
Fale mais baixo, ou mais alto.

terça-feira, 7 de setembro de 2010



“Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se: Se escolher o mundo ficará sem amor, mas se escolher com amor, com ele conquistará o mundo.” Albert Einstein

trabalho com crianças de 3 a 4 anos


Por onde devo começar?



O que trabalhar com uma criança de 3 anos?


Que material devo usar?


Será que devo forçar a criança a aprender desde cedo?


Se você esta fazendo estas perguntas para si mesma, você começou certíssima. O educador consciente começa sabendo o que vai trabalhar e quais os objetivos que deverá alcançar.

Objetivos Gerais:



- Conhecer a criança e o ambiente onde ela vive.


- Promover o ajustamento emocional e social da criança.


- Levar a criança a conhecer e valorizar seu nome e sua história.


- Dar a criança a oportunidade de conhecer as dependências da escola.


- Levar a criança a perceber o valor e o objetivo da escola como promotora de conhecimentos


- Levar a criança a perceber seus direitos e deveres na escola.


- Estabelecer uma rotina básica de trabalho na sala de aula.


- Dar condições a criança de construir conceitos que possibilitem a alfabetização.


- Dar oportunidade à criança de perceber que aquilo que se escreve se fala e vice-versa


- Desenvolver a habilidade de movimentos com os olhos.


- Levar a criança a perceber a distinção entre letras e números.


- Estimular a criança a participar de situações sociais de linguagem.


- Estimular condições a criança de reconhecer cores primárias e secundárias.


- Levar a criança a compreender o significado do número.


- Levar a criança a compreender que o número é utilizado é usado em várias situações de nossa vida.


- Levar a criança a compreender que os números podem ser representados por símbolos.


- Levar a criança a adquirir habilidade de dizer o nome dos números na ordem correta.


- Desenvolver a percepção auditiva quanto ao som de instrumentos, palavras.


- Dar condições a criança conhecer as partes do corpo.

 
OBS: Respeitar o padrão lingüístico da criança.



domingo, 5 de setembro de 2010

regras de convivência


Para se ter um convívio social agradável é necessário que haja alguns limites, que são estabelecidos pelas regras que as sociedades impõem. Tipo:nossos pais nos impõe regras.Sabemos que muitas vezes são infundadas,mas somos obrigados a respeitá-las.Vemos hoje que algumas regras da sociedade nos são impostas pelas leis.E que também muitas são desrespeitadas.Eu criaria uma regra que obrigasse as pessoas a respeitarem o espaço e vida dos outros. Que você pego fazendo uma fofoca fosse punido.
Achei estas imagens na net e fiz um painel para nossos alunos.
A idéia e fazer com as crianças uma lista de regras com a participação de todos.