domingo, 10 de outubro de 2010

A leitura e a escrita na sala de aula.



“Artigo 1 Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida e que de mãos dadas trabalharemos todos pela vida verdadeira..."
Estatutos do homem
Thiago de Mello

Atuando como professora orientadora do projeto ler e escrever, continuo  levantando discussões reflexivas sobre a prática de leitura e escrita em sala de aula. As discussões realizadas têm atingindo resultados positivos, mas confesso que alguns relatos dos alunos pesquisadores ainda me preocupam com relação às práticas que percorrem os arredores das salas de aula. Mas como relatamos nos meses anteriores, o caminho percorrido até aqui nos deixa uma esperança de que a mudança está apenas começando. Nossa sensibilidade quer mais.
Observamos que projetos de trabalhos e ações concretas quando ouvimos nossas alunas relatarem que a leitura tem sido realizada por muitos professores regentes e ainda que nossos alunos pesquisadores estão tendo a oportunidade de participar destas práticas.
Os projetos não podem mais, permanecerem pendurados em murais pedagógicos e sim devem tornar-se ações que permitam que, as nossas crianças façam uso social desta escrita. Atuando na formação universitária e estando de frente a estes relatos faz nascer em mim, à esperança da educadora idealista e muito me faz feliz sentir que não estou sozinha com esta sensação.
Ocorre que segundo o relato das alunas os professores regentes tem se esforçado muito para que as crianças aprendam e que a cima de tudo façam uso social da escrita.
Mas continuando nossas observações e intervenções sobre a prática de leitura em sala de aula, concluímos que a literatura precisa ganhar espaço do imaginário, do lúdico do prazeroso. O percurso da literatura no ambiente escolar traçará novos caminhos, abrirá trilhas para todos, abrigará o desconhecido. A vivência interna das mil personagens pode trazer toda uma compreensão do seu próprio “eu”. Mas a literatura somente ganhará espaço nas salas se os professores tiverem o sincero desejo de incluí-las em seus planos de ensino. Tudo dependerá do projeto de cada escola, mas em especial de cada educador.
Muitos relatos do mês de agosto apontam para o trabalho com o folclore,  muito nos alegra saber que os professores estão colocando em prática o trabalho com musicas, parlendas, trava línguas etc, mas considero importante que este trabalho não fique agendado somente na semana do folclore. Que estes eixos sejam explorados o ano inteiro. Pensar, falar, escrever sobre o folclore é sempre algo positivo, trata-se de vivências antigas ou atuais, mas, não podemos se restringir apenas, a figura do saci e sereia. O professor pode trabalhar projetos didáticos dos mais variados possíveis acerca do folclore, mais pelo ano todo.



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