domingo, 15 de maio de 2011

O brincar como um recurso de adaptação de crianças portadoras de paralisia cerebral na rede regular de ensino.

O objeto de maior atenção das crianças é o corpo e suas brincadeiras com ele, a descoberta de partes deste corpo, seu calor, equilibrio e segurança.
Somente com o tempo é que a criança utiliza-se de regras em seus jogos, onde começa a denominar objetos e suas funções. Para as crianças nesta fase, os brinquedos servem de estímulos visuais (percebe cores, movimentos e formas), gustativos (leva os objetos à boca reconhecendo-os), táteis (percebe materiais e texturas). Com estes estímulos ela aprimora sua coordenação motora ampla e fina, onde irá segurar, balançar, jogar. Com a exploração dos brinquedos, ela aprende sobre as qualidades dos objetos um em relação ao outro, sendo capaz de fazer escolhas e desenvolver habilidades intelectuais, emocionais e de comunicação.
A aprendizagem do mundo, para a criança torna-se possível através do que ela ouve, vê, toca e prova, dependendo de alguém que interaja com ela, fornecendo ajuda quando necessário.

Através dos marcos do desenvolvimento normal da criança iremos observar o quanto a criança irá adquirindo movimentos e posturas que facilitaram a exploração dos objetos (brinquedos), que lhes são oferecidos. Para que isso ocorra é fundamental a colaboração dos pais e educadores estimulando esta criança.
A criança necessita apenas ser auxiliada para ter a oportunidade de descobrir e aprender, interagindo com o ambiente, buscando a propriedade e função dos objetos, manipulando e transformando-os. Aos terapeutas cabe fornecer dicas aos professores para facilitar o brincar, ressaltando a importância de brincar e fazer com a criança e não por ela. È importante a realização de uma análise das propriedades e características do brinquedo, procurando adaptar a manipulação e exploração deste à capacidade individual da criança, como, por exemplo: um brinquedo pequeno que caiba na mão, um pesado para estimulação proprioceptiva; um leve o suficiente para que se mova ao menor toque, etc. Além de apresentar essas propriedades, o brinquedo precisa oferecer desafios inicialmente fáceis de serem superado, instigando a criança à resolução dos problemas, superando gradativamente os obstáculos. È essencial que o terapeuta tenha domínio sobre o desenvolvimento cognitivo e programe atividades que sejam pertinentes à fase na qual a criança está.

Nenhum comentário:

Postar um comentário