segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Adaptação escolar: O medo e a insegurança




Como é difícil para todos nós lidar com a insegurança e o medo do novo. Todos nós adultos sabemos disso, temos medo do desconhecido, por este motivo temos sempre algum receio de recomeçar, abrir novos caminhos vivênciar novas descobertas. Imagine só para uma criança que nunca saiu de casa sem os pais, que sempre esteve em companhia da família, de repente, vê-se em um ambiente estranho cheio de crianças que ela nunca viu e pessoas estranhas.
A adaptação das crianças à escola é diferente para cada um e ás vezes um processo difícil e demorado. Seja para o bebê, para o maiorzinho ou até para aquele que esta ingressando no ensino fundamental e o educador juntamente com todo o corpo escolar deve pensar como fazer para criar estratégias que proporcionem  a adptação. A criança precisa de profissionais que estejam dispostos a ajuda-lo neste processo.Investir nestas estratégias é importante não somente para que a criança possa se adaptar, mas também para evitar o maior desgaste fisico e emocional do educador.
Estratégias para serem realizadas quando do ingresso da criança na instituição:

No primeiro dia, uma boa sugestão é deixar à disposição da criança brinquedos atrativos, mostrar os ambientes previamente organizados e apresentar a educadora responsável pela sua adaptação. (VITÓRIA; ROSSETTI-FERREIRA, 1993). Também nesse dia é ideal a criança permanecer somente algumas horas e, com o tempo, estender seu tempo de permanência até alcançar o período todo. É importante adotar essa estratégia porque permite uma transição gradual dos cuidados prestados pela mãe aos cuidados do novo ambiente, prestados pelas educadoras, o que minimiza as consequências da separação entre a mãe e a criança. (RAPOPORT; PICCININI, 2001).
Outra estratégia é permitir a presença de um familiar junto à criança que a estimule a explorar o novo ambiente, a se relacionar com a educadora e com outras crianças. Depois, a mãe ou esse outro familiar deve ficar apenas na recepção da instituição e, gradativamente, diminuir seu tempo de permanência na escola até o afastamento completo. (RAPOPORT; PICCININI, 2001).
Nas primeiras separações, a mãe deve entregar a criança para a educadora responsável pela adaptação. É importante que esse papel seja desempenhado sempre pela mesma educadora, não havendo trocas de educadoras nos primeiros dias da criança ingressante, para que esta se sinta segura em relação a uma pessoa da instituição e crie um vínculo com ela. (BONDIOLI; MANTOVANI, 1998).
Algumas dessas estratégias podem ser difíceis de ser implementadas, por exigirem muitos profissionais, dedicação e tempo. Porém, existem algumas que são de fácil adequação, como, por exemplo, permitir que a criança traga de casa um objeto de que goste muito para que se sinta mais segura (uma coberta, um urso, um álbum da família ou até mesmo uma foto de sua mãe ou o brinquedo favorito), ou permaneça durante algum tempo brincando com um irmão ou um primo que estude na mesma escola, ou telefone para sua mãe, caso ela não possa permanecer na escola durante os primeiros dias para acompanhar a adaptação. Além disso, a educadora pode elaborar algumas atividades que ajudem a criança a lidar com a separação. (BALABAN, 1988). Para pôr em prática as estratégias citadas, é necessário que as escolas tenham uma preocupação e um comprometimento diante do processo de adaptação para facilitar a transição dos cuidados prestados em casa para a escola e minimizar as consequências da separação.
Outra estratégia para que os pequenos passem por esse período de adaptalção da melhor maneira possível é organizar um mural com a foto da familia de cada criança e solicitar num determinado momento para cada uma delas mostar para o coleguinha onde esta a mamãe, o papai ou aquele que representa sua família.
O vínculo da criança com a professora e os colegas pode ser lento, é preciso paciência, tranquilidade e a parceria com a família. De fato todos se sentem inseguro, os profissionais da escola, as crianças e os pais. Mas é preciso deixar nosso medo de lado para ajudar nossos pequenos.
O adulto é quem ensina a crianças destiguir o que é certo e o que não é. Destiguir onde há perigo e como se comportar no meio social. Um pai não pode ensinar a seu filho que a mentira é algo errado se seu filho o ver mentindo para todo mundo, assim como uma mãe não pode dizer a uma criança pequena, "Está tudo bem meu filho, aqui na escola você vai ficar bem e eu volto para buscá-lo", depois disso sair chorando fazendo com que a criança perceba que sua mãe esta com mais medo que ela.Se as crianças perceberem que os pais tem medo e estão inseguros de deixa-los na escola pode enteder que este é um lugar perigoso e que não vai ser bom para ela. É necessario que os pais procurem conhecer a professora de seu filho e participem ativamente da vida deles.E necessário entender os receios das crianças conversar com eles, procurar tranquiliza-los. Dizer-lhes que um dia quando ainda era pequeno também passou por isso.
Com os pequeninos a conversa não será tão eficaz é preciso muita calma, paciência e tranquilidade.
Ressalto ainda que é importante não mentir para a criança. Frases do tipo sua mãe foi no banheiro e já vem, fará com que a criança perca a confiança no profissional, pois logo vai percebr que ela mentiu.
Desejo boa sorte a todos os professores neste período tão dificil de adaptação dos nossos alunos e que "Deus" nos ajude.

" Não se preocupe com a distancia entre seus sonhos e a realidade; se você pode sonha-los, você pode realiza-los. No fim tudo da certo, se ainda não deu certo é porque ainda não chegou o fim"
Karl Ludwig Borne

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