sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Aquisição da linguagem escrita

Nos últimos anos, tivemos a oportunidade de vivenciar mudanças significativas nas concepções de aprendizagem e ensino da lingua escrita. Essas mudanças vem ocorrendo desde os anos 80. Em função da Psicologia Genética piagetiana que na década de 80 que traz uma nova compreensão do processo de aprendizagem da língua escrita, através das pesquisas e publicações de Emília Ferreiro. Tal fato obrigou a uma revisão radical das concepções do sujeito aprendiz da escrita e de suas relações com esse objeto de aprendizagem, a língua escrita.

Se por um lado conseguimos identificar os primeiros indícios desta tão desejada mudança, por outro percebemos que ela não atingiu a totalidade dos professores que atuam com classes de alfabetização no Ensino Fundamental, do Pré III até 2ª série,ensino de 9 anos. O fato é que algumas práticas ainda baseian-se na confusão de todas as tendencias. Uma ação um tanto equivocada na qual alguns educadores dão o nome de "mesclagem"

Como já venho postado neste blog. Estando frente a relatos de alunos pesquisadores pude observar que o método sintético ainda está presente nos arredores das salas de alfabetização. É claro que isto ocorre em função de um sistema educacional que é falho ao capacitar seus professores.Mas não é este o áspecto que pretendo focalizar no momento.

Atualmente, defrontamos com basicamente dois tipos de professores alfabetizadores: o professor que valoriza o produto- final ( ler e escrever ) e entende- o como aquisição de habilidades ( coordenação- motora, discriminação visual, auditiva, etc) e uma segunda corrente que entende a alfabetização como a compreensão do modo de construção do conhecimento, daí a valorização das hipóteses que a criança desenvolve sobre a escrita.

Essas duas concepções determinam as diferenças na prática pedagógica e nos resultados que as crianças alcançam.

Muitos professores alfabetizadores, dedican-se a primeira vertente apresentada (professor que valoriza o produto final) Até que começam a questionar a eficacia do método utilizado e iniciam um ciclo de mudanças, esta ou aquela cartilha, este ou aquele material, ou a mistura deles.
O profissional docente precisa caminhar muito para entender  "a alfabetização como compreensão dos meios que a criança utiliza para representar a construção do conhecimento sobre a língua escrita" (kramer, 1986).Isso significa compreender o processo evolutivo dos alunos e ainda posso afirmar que é imprescindível conhecer determinados aspectos desta evolução para que possamos alcançar uma pratica consciente.Trata-se portanto dos pressupostos construtivistas, mas precisamente poderemos entende-los todo o processo de aquisição da base alfabética e do sistema da escrita.
É preciso que o professor construa conhecimentos e habilidades especificas na qual permitirá a ele dirigir e orientar com segurança as tentativas das crianças, saber identificar em qual estágio do processo de apropriação do sistema a criança se encontra, saber interpretar às hipóteses com as convenções e regras do sistema e apartir de tudo isso conduzi-las a escrita ortografica.
Mudar nosso papel de doador de informação para mediador da aprendizagem.

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